

Onde estão com minha cabeça?
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Ameaças e agressões fazem blogueiro se afastar do TechCrunch
Responsável pelo 3º blog mais lido do mundo foi ameaçado de morte.
Nesta semana, um homem cuspiu em Michael Arrington na Alemanha.
Do G1, em São Paulo
Michael Arrington, responsável pelo blog de tecnologia TechCrunch, anunciou nesta semana que vai se afastar temporariamente de sua função por conta de agressões e ameaças que tem sofrido – inclusive ameaças de morte. Ao escrever um post detalhando os abusos pelos quais passou recentemente, intitulado “algumas coisas têm de mudar”, ele questionou a falta de limite dos internautas e se a concorrência entre blogueiros e jornalistas deve realmente chegar a níveis extremos. Apesar de seu afastamento, outros colaboradores devem continuar escrevendo na página.
“Eu escrevo sobre novas empresas de tecnologia. Em um mundo onde existe sanidade, isso não deveria fazer de mim alguém que tem de lidar com ameaças de morte ou ser cuspido na cara. Nem exigir que eu tolerasse mais abuso verbal do que qualquer outro ser humano. O problema é que eu amo o que faço quando não estou me escondendo de alguém que quer me matar ou quando não tomo cuspidas de um empresário europeu sobre quem não escrevi.”
Nesta semana, um homem cuspiu em Arrington quando ele deixava um conferência sobre vida digital em Munique, na Alemanha. Em seu desabafo, ele contou já ter sofrido outros tipos de abusos em eventos (foi puxado e empurrado, por exemplo).
“Tenho orgulho do que o TechCrunch construiu nos últimos anos. Somos devotos à comunidade de empresas iniciantes e fazemos o que podemos para dar divulgação a essas companhias, que antes tinham pouca chance de aparecer publicamente”, contou, para depois concluir: “mas meu trabalho não é mais tão divertido”. Segundo ele, isso aconteceu porque as empresas iniciantes não recebem a atenção que querem e, além disso, jornalistas e blogueiros concorrentes tendem a acusar o TechCrunch das “coisas mais ridículas”.
“Responder a essas acusações não vale nosso tempo; sempre achei que nosso trabalho e integridade iriam dar a resposta para tudo isso. Mas conforme crescemos e conquistamos mais sucesso, os ataques também cresceram”, contou. Segundo ele, as principais críticas recebidas na própria página de tecnologia, no Twitter ou em outros sites “estão entre as coisas mais horríveis que posso imaginar alguém dizendo”.
Ameaça de morte
Arrington também afirmou no texto que ele e sua família foram ameaçados de morte no ano passado. “O indivíduo não se preocupou em preservar sua identidade. Ele ligou para meu escritório, me mandou e-mails e até postou ameaças neste blog [o TechCrunch]. Na opinião de especialistas em segurança que consultei, as ameaças eram sérias. O indivíduo tem um histórico de crimes e uma arma. A polícia de três Estados se envolveu no caso e contratamos uma equipe de segurança para proteger a mim, a minha família e aos funcionários do site”, escreveu.
No entanto, como o serviço de proteção custava US$ 2 mil por dia, teve de ser dispensado. E a polícia, continuou Arrington, foi bastante solícita, mas não podia fazer nada com base somente em ameaças. Ele conseguiu uma ordem judicial para que o homem fosse proibido de chegar perto de sua família (indicando ao possível criminoso exatamente onde os “alvos” estão) e, há uma semana, diz que seus parentes estão escondidos em casa. Além disso, o escritório do TechCrunch está vazio e recebe constantes visitas de policiais.
Atualmente, Arrington está cobrindo o Fórum Econômico Mundial, em Davos. Depois disso, em fevereiro, ele vai parar de escrever até decidir o que fazer. “Escrevo sobre tecnologia e empreendedorismo. São assuntos importantes, mas não tão importantes para eu me preocupar com minha segurança e a de minha família”, concluiu no post, que está fechado para comentários.
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